sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Eu Acho é Pouco anuncia sua camisa para 2018

O bloco carnavalesco Eu Acho é Pouco anunciou a estampa em comemoração aos 41 anos, completados em 2018.
De acordo com publicação no Facebook a arte é uma criação do designer e pintor David Alfonso. Cubano de nascimento, radicado no Brasil há uma década, David concebeu uma versão contemporânea da figura mitológica da Medusa. “Na mitologia, ela é uma donzela estuprada por Poseidon, Deus dos mares. A deusa Atena, sabendo que Medusa foi estuprada, decidiu puni-la, desterrando-a para uma ilha e convertendo-a em um monstro com serpentes no lugar dos cabelos. Isso me lembrou muito da luta atual da mulher em um contexto de feminicídios e estupros. Medusa era uma vítima e, no final, foi punida, como são muitas vítimas nesse contexto de feminicídios e estupros”, destaca David.
A arte surge a partir da frase estampada no verso - “Preconceito é uma arma que mata. Desarme-se”. Essas palavras foram pensadas pelo publicitário Fernando Lima e traduzem o estado de espírito de um bloco que, desde 1977, sai em defesa da democracia e da liberdade de cada um poder ser e amar quem quiser. “A crise e o caos não são apenas políticos. Há uma questão de valores e de identidade. O bloco, mais uma vez de maneira pioneira, tem capacidade e coragem de levantar bandeiras. Além de uma camiseta carnavalesca, vamos estar vestindo uma causa”, diz Fernando.
Atenção: as camisas custam R$ 40,00 e podem ser compradas, por hora apenas em DINHEIRO, na Casa Rosa, loja principal da super parceira Trocando em Miúdos (Rua Ferreira Lopes, 129, Parnamirim). Nesse primeiro momento, estão à venda somente camisas na cor amarela. E preste atenção nos novos modelos, sem amarras de gênero. Em 2018, depois de completar quatro décadas de folia, o Eu Acho é Pouco segue na crença de que quebrar parâmetros é essencial para romper com a estrutura de preconceito. Afinal, como bem diz David Alfonso, “a Medusa somos nós, é a sociedade, não podemos nos dissociar disso tudo e temos que nos respeitar”.

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