quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Shows da Diva do Carimbó Dona Onete em Salvador teve ingressos esgotados todos os dias

Salvador abraçou a diva do Carimbó Chamegado. Todos os ingressos para as três apresentações de Dona Onete na Caixa Cultural tiveram ingressos esgotados. Esta foi a primeira vez que a cantora e compositora paranaense esteve na capital baiana. Nos shows, mesclou seus sucessos com canções do segundo álbum, Banzeiro (2016). 


Aos 77 anos e com sua voz rouca, Dona Onete tem conquistado plateias por onde passa. Inventora do Carimbó Chamegado, que ela própria classifica como um ritmo que tem “o balanço do carimbó com um toque de pimenta”, a cantora e sua banda apresentarão canções que já se tornaram clássicos do estilo como “Jamburana” e “Proposta Indecente”. O show também guarda espaço para novidades como “Tipití”, “Rio das Flores” e “Banzeiro”, presentes no novo álbum.

Dona Onete:
Compositora de mais de 300 canções, Dona Onete participou de importantes grupos folclóricos como o “Raízes do Cafezal” e do grupo pop-regional  “Coletivo Radio Cipó”, antes de se tornar inspiração da nova música paraense. No seu primeiro CD “Feitiço Caboclo” (2012), lançado quando já contava 73 anos, ela conseguiu sintetizar as bases musicais que a fariam cativar o público mais jovem e os fãs de música alternativa brasileira.

Hoje já gravada por diversos artistas paraenses, incluindo cantoras de projeção nacional como Gaby Amarantos e Aíla, Dona Onete relembra o seu processo de criação musical: “a música do Pará é muito cheia de mistura, então comecei a fazer essas canções, que falavam de amor, num ritmo mais lento e muito sensual, e assim nasceu esse Carimbó Chamegado”.

As apresentações na CAIXA Cultural Salvador tiverão como base o CD “Banzeiro”, no qual Dona Onete só gravou músicas autorais e inéditas. O repertório revela inspiração no passado histórico-cultural da artista, com influências das canções de rádio que ela costumava ouvir. Entre os temas, histórias de negros escravos que trabalhavam nas lavouras de cana do Pará e que uniram sua dança e ritmo à cultura dos caboclos que lá já estavam, criando o ritmo denominado Bangüê. No palco, a artista foi acompanhada pelo guitarrista e produtor musical Pio Lobato, além de Vovô (bateria), JP (percussão amazônica), Breno Oliveira (contra-baixo) e Daniel Serrão (teclado e sax).

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